Recebo alguns e-mails de leitoras que estão a pensar engravidar e que gostariam de receber algumas dicas sobre o tema.
Neste campo, e porque, não obstante ter sido mãe há pouco tempo, não sou especialista no assunto, nada como pedir ajuda a quem realmente percebe e pode ajudar.
E nada melhor do que a Antonella Vignati, a naturopata do Centro do Bebé, responsável, entre outras coisas, pelo Programa de Apoio Natural à Fertilidade (que decorre no Centro), que prontamente me ajudou, indicando 5 dicas que, segundo ela, podem fazer a diferença no resultado do teste de gravidez. Aqui ficam elas:
1. Verificar que está tudo bem a nível médico, porque podem existir muitos tipos de problemas estruturais a nível ginecológico, imunológico, urológico ou endócrino. Se nada for encontrado, não tomem medicação hormonal só porque sim. Tentem antes outras estratégias.
2. Seguir a Dieta da Fertilidade
Neste campo, segundo a Antonella, "a alimentação é um aspeto fundamental do estilo de vida e pode ter uma influência direta ou indireta na fertilidade, considerado que:
- a exposição ambiental a toxinas de vária natureza (metais pesados, xenoestrogénios, e outros disruptores hormonais) é frequentemente ligada à dieta;
- deficiências nutricionais específicas podem afetar a qualidade espermática e o ciclo menstrual;
- a sobrecarga constante dos órgãos digestivos e excretores tem uma série de consequências nefastas sobre qualquer aspeto da saúde, incluída a saúde do aparelho reprodutor e do sistema endócrino."
A naturopa revela ainda que o maior estudo sobre a relação entre fertilidade e alimentação (o Harvard Nurses’ Health Study) tem de facto comprovado que existem seis vezes mais probabilidades em conceber nos casais que seguem uma determinada dieta.
Especificamente, as mulheres que têm os menores problemas a nível de ovulação, são as que seguem uma dieta com baixo índice glicémico, pobre em proteínas animais e rica em proteínas vegetais, gorduras monoinsaturadas e hidratos de carbono complexos, e livre de sacarose e gorduras hidrogenadas (ou trans). Traduzido na prática, significa comer cereais integrais (arroz integral, millet, aveia, etc) e não arroz branco, massas, batatas e pão como fonte de hidratos de carbono; evitar açúcar e tudo o que o contém (desde os iogurtes às bolachas, aos pastéis e bolinhos que acompanham o café); evitar carnes vermelhas, privilegiar leguminosas e eventualmente peixe, usar exclusivamente azeite extra-virgem para cozinhar e nunca usar margarinas ou gorduras vegetais para barrar no pão (é muito melhor a manteiga, que, apesar de tudo, sempre é melhor que as gorduras trans).
3. Conhecer o ciclo menstrual
Está em causa conhecer a fundo a fisiologia feminina e, sobretudo, o ritmo pessoal de cada mulher (o que pode não ser fácil, sobretudo para as mulheres que tomaram contracepção oral durante anos).
Na prática, conhecer o ciclo menstrual individual implica observar o muco cervical, fazer auto-palpação do colo do útero e fazer tabelas de temperatura basal (hoje existem muitas aplicações de telemóvel para o fazer, pelo que não dá assim tanto trabalho). Isto permite estabelecer com segurança se ovulamos ou não, e em caso afirmativo, ajuda a afinar o timing, porque demasiadas mulheres ainda acreditam que todas ovulamos no dia 14 do ciclo.
4. Evitar disruptores hormonais
Estão em causa os produtos de higiene pessoal, cosmética, higiene doméstica, etc.
A este nível, a Antonella recomenda antes o recurso a produtos naturais ou biológicos, não subestimando a carga tóxica daquilo que absorvemos pela pele e pelo único ambiente que podemos controlar, que é a nossa casa.
5. Gerir o stress
Existe nitidamente uma relação direta entre a fertilidade e o stress. Níveis altos de cortisol afetam negativamente o ciclo menstrual e a contagem espermática. É importante adoptar estratégias de gestão do stress que visem o bem-estar psico-físico, como a Acupuntura, Yoga, Meditação, Massagem e Acupressão, Fitoterapia, entre outros.
Às dicas da Antonella junto ainda outras, que podem ajudar. Em primeiro lugar, estar deitada (10 a 15 minutos, pelo menos) a seguir às relações sexuais pode facilitar as coisas (e mal não faz). Já os homens devem evitar andar com o telemóvel nos bolsos da frente das calças, colocar o computador sobre as pernas e tomar banhos muitos quentes (as altas temperaturas são prejudiciais aos espermatozóides).
Cuidado ainda com o uso de lubrificantes. O ideal é escolher produtos que comprovadamente não interfiram com o esperma, como é o caso do Conceive Plus. Este é um lubrificante pessoal favorável à fertilidade, que está aprovado pela Agência Federal dos Produtos Alimentares e Farmacêuticos dos EUA (Food and Drug Administration, FDA).
O mesmo destaca-se por apresentar um pH compatível com a sobrevivência e migração do esperma humano. Assim, não só facilita a atividade sexual, como pode ajudar a que o resultado positivo apareça no teste de gravidez.
Espero que os conselhos e dicas vos sejam úteis! E votos de bons treinos e muitos bebés, é o que o país precisa!
Bianca Balti, no desfile Dolce & Gabbana Fall/Winter 2015.